Greve dos Correios continua em Concórdia neste início de semana
A semana começa com a continuidade da greve dos Correios em Concórdia, iniciada na manhã da última quarta-feira (17) e que integra um movimento nacional da categoria, segundo informou o representante regional do Sindicato dos Trabalhadores na Empresa de Correios e Telégrafos e Similares de Santa Catarina (Sintect-SC), Silvino Pedro Endler.
ATENÇÃO! QUER FICAR POR DENTRO DAS PRINCIPAIS NOTÍCIAS DE CONCÓRDIA E REGIÃO EM TEMPO REAL?De acordo com Endler, a mobilização permanece ao menos até terça-feira, quando ocorrerão assembleias em todo o país para avaliar a proposta apresentada pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST). Há ainda a possibilidade de adesão de trabalhadores de Joaçaba já a partir desta segunda-feira.
Em Concórdia, os impactos da paralisação são significativos. De acordo com o sindicato, cerca de 98% das entregas estão interrompidas, enquanto aproximadamente 80% das atividades internas da agência local seguem paradas. Apesar disso, a unidade dos Correios permanece aberta ao público, porém com atendimento limitado e restrições nos serviços oferecidos, em razão do número reduzido de funcionários em atividade.
Endler afirma que a greve é motivada principalmente pela falta de diálogo da empresa com os trabalhadores e pela ameaça de retirada de direitos considerados históricos pela categoria. Ele destaca que a adesão à mobilização aumentou nas últimas horas em Concórdia e que o sindicato segue articulando a participação de outros municípios da região no movimento.
Além das reivindicações relacionadas ao acordo coletivo, os trabalhadores apontam problemas estruturais nas unidades, como precarização das condições de trabalho, déficit de pessoal, ausência de limpeza adequada, falta de manutenção dos veículos e atrasos em pagamentos. Segundo o sindicato, essas situações têm comprometido a rotina dos funcionários e a qualidade do serviço prestado à população.
Na última sexta-feira (19), a ministra Kátia Magalhães Arruda, do Tribunal Superior do Trabalho, determinou que os Correios mantenham ao menos 80% do efetivo em atividade durante a greve. A decisão considera o caráter essencial do serviço postal e o fato de que a paralisação ocorre em meio ao dissídio coletivo que tramita no TST. Mesmo com a determinação, os trabalhadores seguem mobilizados enquanto aguardam uma definição nacional sobre as negociações.