Greve dos Correios segue em Concórdia após rejeição de proposta no TST
A greve dos trabalhadores dos Correios segue em Concórdia e em todo o país após a rejeição da proposta de acordo coletivo apresentada pela empresa durante audiência de conciliação no Tribunal Superior do Trabalho (TST).
ATENÇÃO! QUER FICAR POR DENTRO DAS PRINCIPAIS NOTÍCIAS DE CONCÓRDIA E REGIÃO EM TEMPO REAL?A decisão pela continuidade do movimento foi tomada em assembleia nacional realizada na noite desta terça-feira, dia 23, mantendo a paralisação iniciada na semana passada. Em Concórdia, a mobilização começou na manhã da última quarta-feira (17) e permanece sem previsão de encerramento.
Conforme o representante regional do Sindicato dos Trabalhadores na Empresa de Correios e Telégrafos e Similares de Santa Catarina (Sintect-SC), Silvino Pedro Endler, a greve segue ao menos até a realização de novas assembleias nacionais, que irão avaliar a proposta mediada pelo TST.
Os reflexos da paralisação são expressivos no município. Segundo o sindicato, cerca de 98% das entregas estão suspensas e aproximadamente 80% das atividades internas da agência local permanecem paralisadas. Ao todo, 11 funcionários participam da greve em Concórdia, sendo oito carteiros e três agentes internos.
Apesar disso, a unidade dos Correios segue aberta ao público, porém com atendimento restrito e oferta limitada de serviços, em função do reduzido número de trabalhadores em atividade.
Endler afirma que a greve é motivada principalmente pela falta de diálogo da empresa com os trabalhadores e pela ameaça de retirada de direitos considerados históricos pela categoria. Ele destaca que a adesão à mobilização aumentou nas últimas horas em Concórdia e que o sindicato segue articulando a participação de outros municípios da região no movimento.
Além das reivindicações relacionadas ao acordo coletivo, os trabalhadores apontam problemas estruturais nas unidades, como precarização das condições de trabalho, déficit de pessoal, ausência de limpeza adequada, falta de manutenção dos veículos e atrasos em pagamentos. Segundo o sindicato, essas situações têm comprometido a rotina dos funcionários e a qualidade do serviço prestado à população.
Na última sexta-feira (19), a ministra Kátia Magalhães Arruda, do Tribunal Superior do Trabalho, determinou que os Correios mantenham ao menos 80% do efetivo em atividade durante a greve. A decisão considera o caráter essencial do serviço postal.