Manobra tenta tirar de Carlos Moisés presidência estadual do Republicanos

por: Aliança News

Uma manobra de bastidores na política de Santa Catarina pode tirar a presidência estadual do Republicanos (número 10) das mãos do ex-governador Carlos Moisés da Silva. O responsável pela articulação seria o deputado federal Jorge Goetten, de Itajaí, que trocaria o PL pelo comando da nova sigla. Mas quem estaria mesmo por trás da construção política seria o irmão do governador Jorginho Mello, de nome Juca Mello, figura que até então não havia "dado às caras" no protagonismo da cena política catarinense. E, muito menos, não se sabe qual seria o real interesse do irmão do governador nessa operação toda!


O fato é que, em Brasília, os presidentes nacionais do PL, Valdemar da Costa Neto, e do Republicanos, Marcos Pereira, já se reuniram para tratar do assunto. Apesar disso, Moisés declarou nas últimas horas estar confiante de que não perderá o comando partidário. "Estamos mantendo a fé na palavra do nosso presidente Marcos Pereira. Além disso, em Santa Catarina muitos projetos do PL não convergem com os projetos do Republicanos", afirmou Moisés. A conversa entre as cúpulas nacionais das duas legendas tem ocorrido com o intuito de Goetten poder mudar de partido sem risco de perder o mandato federal na Câmara dos Deputados.


Caso o tal acordo seja fechado, haverá prejuízo imediato a algumas alianças costuradas pela liderança de Moisés, como no caso das campanhas à reeleição de Adriano Silva (Novo), em Joinville, e Orvino Coelho de Ávila (PSD), em São José, dois dos quatros maiores colégios eleitorais, onde o PL terá candidato. Porém, não haverá prejuízo onde Jorginho fechou alianças, como com Carmen Zanotto (Cidadania), em Lages, e Topázio Neto (PSD), em Florianópolis.


Caso o grupo de Jorginho Mello concretize o avanço sobre o Republicanos, que passaria a ficar sob sua batuta, o governador faria uma jogada de alto padrão de olho já em 2026. Tiraria a possibilidade de ter um adversário forte como Moisés no caminho, mesmo que não seja para a disputa ao governo -mas quem sabe ao Senado - filiado a um partido que se intitula hoje como “o mais conservador do país”. Além de dar o troco no adversário com quem teve fortes atritos na campanha de 2022. Resta saber qual seria o tamanho da repercussão, pois, em política, o tamanho da ação forçada é , via de regra, avaliada como truculência, movimentação capaz de gerar anticorpos e muitos desafetos.