Número de deputados candidatos a prefeito este ano supera 2020 em SC

Agora em 2024, seis deputados estaduais vão disputar prefeituras em Santa Catarina, uma na condição de vice na chapa e cinco deputados federais querem trocar o endereço em Brasília para comandar suas cidades. O número é maior do que os quatro parlamentares estaduais e quatro federais que se arriscaram nas urnas, em 2020, e nenhum acabou eleito.

O que os deputados Carlos Henrique de Lima (Sargento Lima, PL), em Joinville; Edilson Massocco (PL), em Concórdia; Egídio Ferrari (PL), em Blumenau; Estêner Soratto Júnior (PL), em Tubarão; Marcos José de Abreu (Marquito, PSOL), em Florianópolis; e Luciane Carminatti (PT), que será vice de Pedro Uczai, em Chapecó, usam é o natural trampolim que a condição de deputados estaduais lhes dá. A tranquilidade de poder entrar em uma disputa sem perder a condição de parlamentar, permite que a garantia de continuidade do mandato vire uma segurança a que tenta o voo municipal.

Vale notar que é do PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro e do governador Jorginho Mello, o maior contingente de postulantes, uma reflexo da posição majoritariamente conservadora do eleitor catarinense. Ressalvados os de PSOL e PT que irão às urnas.

A força política gerada pela visibilidade de quem tem mandato ampliou a participação de deputados federais nas eleições deste ano em Santa Catarina. Mais de um quarto da bancada catarinense irá concorrer, um deputado a mais do que há quatro anos.

Em Blumenau, Ana Paula Lima (PT); em Itajaí, Carlos Chiodini (MDB); em Lages, Carmen Zanotto (Cidadania); em Criciúma, Ricardo Guidi (PL); e, em Chapecó, Pedro Uczai (PT), os parlamentares resolveram atender a pedidos dos partidos e defender posições nas suas bases ou em novos desafios políticos. Agentes de grandes valores das emendas parlamentares, os deputados estaduais e deputadas federais têm acesso às realizações nas cidades, mesmo que isso pareça rotineiro à primeira análise.