Suspeito prendeu pedras ao corpo de Lusiane para dificultar localização, diz polícia
O corpo de Lusiane Borges, de 27 anos, foi encontrado por pescadores no sábado (20), em um rio na cidade de Santa Cecília, no Oeste de Santa Catarina. A descoberta ocorreu quase dois meses após o desaparecimento da vendedora. Segundo a Polícia Civil, o corpo emergiu após o desprendimento de pedras que haviam sido colocadas junto a ele para dificultar a localização.
ATENÇÃO! QUER FICAR POR DENTRO DAS PRINCIPAIS NOTÍCIAS DE CONCÓRDIA E REGIÃO EM TEMPO REAL?Lusiane foi vista pela última vez voltando do trabalho para casa. O local onde o corpo foi encontrado já havia sido apontado pelas investigações e equipes chegaram a realizar buscas na área.
De acordo com a delegada Roxane Fávero, uma das hipóteses é que o corpo não tenha sido localizado antes devido às baixas temperaturas, que podem ter atrasado o processo de decomposição.
“Ele enrolou ela em um cobertor e colocou pedras dentro, como se fosse um saco, para que o corpo afundasse no rio”, explicou a delegada.
O companheiro de Lusiane, principal suspeito do feminicídio, está preso desde o mês passado. Vestígios de sangue humano foram encontrados no carro, nas roupas dele e na residência do casal.
Nesta segunda-feira (22), a família aguardava a liberação do corpo para organizar a cerimônia de despedida. Ainda não há informações sobre o velório. A irmã da vítima relatou o impacto da descoberta.
“Revolta, dor, tristeza e, ao mesmo tempo, gratidão por Deus ter ouvido nossas preces e trazido ela de volta para nós, para que possamos nos despedir e dar a ela um descanso merecido.”
Prisão de suspeitoLusiane morava com o companheiro. Após o desaparecimento, familiares fizeram buscas na casa do casal e perceberam que apenas o celular dela não estava no local. A comunidade também se mobilizou nas redes sociais para ajudar na localização.
Durante o depoimento, o homem teria omitido que no dia em 1º de agosto, dia seguinte ao desaparecimento, saiu cedo para trabalhar e voltou na casa deles às 8h12, de carona com um colega de trabalho.
Ele ficou fora da empresa por cerca de 50 minutos, levantando ainda mais suspeitas. Na delegacia, conforme a polícia, permaneceu em silêncio. O carro e o celular do homem foram apreendidos para perícia.
Fonte: G1