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Produtores de leite do Oeste catarinense realizam protesto em meio à crise no setor

Data 28/10/2025 às 14:20
Na próxima terça-feira (4), uma audiência pública em Brasília vai discutir a situação do setor
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Foto: Jhonatan Coppini/Oeste Mais
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Produtores de leite de diversas cidades do Oeste de Santa Catarina se reuniram na manhã desta terça-feira (28) nas margens da BR-282, no trevo do distrito de Baía Alta, em Ponte Serrada, para protestar e cobrar medidas do governo que possam aliviar a crise enfrentada pelo setor.

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Durante o ato, os produtores discursaram sobre a situação atual e estenderam faixas à beira da rodovia com mensagens como: “Produtores de leite de SC pedem socorro” e “O produtor de leite não aguenta mais, pare com a importação já!”.

A crise que atinge o setor é resultado de uma combinação de fatores, incluindo concorrência com produtos importados, altos custos de produção e preços pagos aos produtores que não cobrem sequer as despesas de operação.

De acordo com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), o preço médio do litro de leite pago ao produtor brasileiro em outubro foi de R$ 2,22, abaixo dos R$ 2,66 registrados no mesmo período de 2024. Em Santa Catarina, o valor médio é ainda menor, de R$ 2,14, enquanto o custo de produção ultrapassa R$ 2,20.

Audiência pública em Brasília

Na próxima terça-feira (4), uma audiência pública em Brasília vai discutir a situação do setor. O deputado federal Valdir Cobalchini (MDB-SC) informou pelas redes sociais que a reunião está marcada para as 14h, no Plenário 6 do Anexo II da Câmara dos Deputados.

O encontro deve reunir representantes do governo federal, incluindo os ministros Carlos Fávaro (Agricultura e Pecuária) e Alexandre Padilha (Relações Institucionais), além de representantes da Embrapa, Anvisa, Fiocruz e de organizações de produtores de leite.

O Sindileite (Sindicato das Indústrias de Laticínios e Produtos Derivados) de Santa Catarina também manifestou preocupação e defende medidas como fiscalização mais rigorosa da entrada de lácteos importados, apoio a políticas de preço mínimo, compras públicas emergenciais e análise das condições de produção e legislação dos países vizinhos para garantir concorrência justa.

“O produtor está à beira do colapso. Ou encontramos uma saída agora, ou milhares de famílias vão abandonar a atividade”, alertou o parlamentar catarinense.

*Informações retiradas do portal Oeste Mais.



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