ACIC defende que é preciso intensificar o debate sobre a Casan
O futuro do abastecimento de água em Concórdia é um tema que deverá entrar na pauta da Associação Empresarial (ACIC) a partir de 2019. Na tarde de ontem uma reunião foi realizada na Câmara de Vereadores com os diretores da entidade para discutir este assunto. O presidente da ACIC, Márcio Zanatta, diz que uma das primeiras ações será marcar uma conversa com o prefeito Rogério Pacheco. Uma sugestão é que a Prefeitura de Concórdia contrate uma consultoria para saber qual alternativa é mais viável economicamente para o sistema de abastecimento de água. Na opinião de Zanatta este debate precisa ser intensificado em Concórdia. “Não dá para ficar empurrando com a barriga para chegar ao final e não ter tempo hábil para decidir. Precisamos de proatividade e tem que se parar com a política de empurrar o problema para frente”, destaca.
Esse debate está ocorrendo porque a decisão sobre qual será o futuro do serviço de abastecimento de água em Concórdia terá que ser tomada em dezembro de 2020, quando irá vencer o contrato de concessão que está em vigor desde 2001. Um ano antes, em dezembro de 2019, o prefeito Rogério Pacheco terá que sinalizar se pretende renovar a concessão, municipalizar, privatizar ou fazer uma parceria público-privada.
A reunião de ontem foi coordenada pelo vereador Closmar Zagonel (MDB), que preside a Comissão de Urbanização do Legislativo. Edno Gonçalves (PDT) apresentou o contrato vigente entre a Prefeitura de Concórdia e a Casan e também foi mostrado um comparativo de números entre a arrecadação e despesas da Casan com a de outros sistemas de abastecimento de água. Uma pasta com todas as informações foi entregue aos diretores da ACIC.
Vários empresários se manifestaram sobre o assunto e a ideia mais simpática entre a classe é a privatização. Márcio Zanatta diz que na próxima reunião de diretoria da entidade a ACIC deverá emitir um posicionamento sobre isso. “Se analisarmos a capacidade pública de gerir serviços para a população percebemos que é muito baixa. A eficiência do privado é maior”, pontua.
O presidente afirma que é preciso tratar deste tema com cautela. “É uma transição importante e não podemos apenas olhar os números, mas é preciso conferir tudo. Isso é o futuro da cidade”, ressalta Zanatta. Ele também frisa que a disponibilidade de água é indispensável ao crescimento econômico.