Algo de Concórdia que impressiona os visitantes!
Se formos fazer uma pesquisa com dados sobre a impressão que os participantes do Campeonato Brasileiro estão tendo de Concórdia e da região, a avaliação será de maneira geral positiva. Em conversa ou contato breve com atletas de outras cidades ou de outros estados, alguns mais distantes, que estão participando da competição, a impressão que eles estão tendo da cidade é boa.
Os pontos observados são os mais variados. Vão desde a hospitalidade, simpatia do povo, limpeza de ruas, beleza, gastronomia, estrutura das acomodações - sejam em hotéis ou alojamentos, o trânsito e por aí vai. A julgar pelos comentários, o Campeonato Brasileiro de Tênis de Mesa está atingindo um objetivo imaterial e intangível, que mexe com a nossa auto-estima. Mesmo que a gente não queira!
Porém, um dos relatos que mais chama a atenção é de um dos membros da equipe de apoio, que está dando suporte para a organização do evento. Ele, que reside em Belo Horizonte-MG, fez menção a um gesto que é corriqueiro por aqui, mas impensável e impraticável nas grandes cidades.
Trata-se do fato de deixar moedas ou notas de real no parabrisa dos veículos para pagar a vaga de estacionamento! O fato ocorreu quando este esteve em Concórdia há alguns meses para negociar a vinda da competição para o município. Na ocasião, foi agendada uma reunião com o prefeito de Concórdia, Rogério Pacheco. Ele foi acompanhado por um representante daqui da cidade que, com o carro próprio, foi até a Prefeitura. Como na rua coberta, os estacionamentos são pagos e o motorista do veículo não achou a monitora da área azul para comprar o cartão naquele momento, o recurso foi deixar algumas notas de real no parabrisa, pelo lado de fora, para quando a monitora chegar, receber pela ocupação da vaga.
Logicamente que isso gerou uma reação controversa por parte do representante da CBTM. "Onde já se viu, alguém vai levar esse dinheiro", disse o visitante. "Aqui todo mundo me conhece", disse o dono do carro. Ambos foram para a reunião. Depois de mais ou menos uma hora, para a surpresa do ilustre cidadão de BH, o ticket de ocupação da vaga de estacionamento estava no parabrisa do carro, bem como o troco do dinheiro deixado no local.
Essa prática de deixar moedas ou notas de real no parabrisa não é comum, mas também não é raro por aqui. Porém, impensado nos grandes centros. Não quero aqui dizer que as grandes cidades são ruins. Essas cidades também tem pontos positivos, e são muitos, que podem ser comuns em todas as cidades ou que são suas próprias características particulares.
Porém, o que chama a atenção é que muito das nossas qualidades, aqui de Concórdia, não são percebidas por nós no dia a dia. Porém, berram aos olhos dos visitantes.