
ãndios de Toldo Pinhal aceitam liberar temporariamente estradas da região, mas mobilização continua
O clima ficou tenso na tarde de ontem (14/9) na Justiça Federal de Concórdia. De um lado, os índios pedindo uma ação concreta do Ministério da Justiça sobre a reivindicação da posse de 4 mil hectares de terra. De outro, os agricultores querendo a liberação dos acessos aos municípios de Seara, Paial e Arvoredo, que estão interditados como forma de protesto dos indígenas desde a última segunda-feira.
Uma comissão formada por oito caciques chegou decidida a não liberar as estradas, alegando que as autoridades só prometem e nada cumprem. Já os assessores jurídicos das respectivas prefeituras trouxeram pronta uma ação para que, por via judicial, os índios fossem obrigados a liberar o caminho. Depois de 3h de conversações é que foi possível entrar em um acordo. Os índios aceitaram deixar que os agricultores e a população em geral passem pelos locais com uma condição: eles deram o prazo de até a quarta-feira da semana que vem (21/7), para que o Ministérios Público e da Justiça façam algo concreto em relação ao que está sendo reivindicado. Caso contrário, eles voltam a fechar as estradas, como alertou o líder da mobilização, cacique Lauri Alves. Ele disse que não ficou satisfeito com a decisão.
O juiz Daniel Haupp que juntamente com o procurador da República, Thiago Gutierriz, coordenou a audiência, avaliou o encontro como satisfatório. Ele deixou claro que se os índios não abrirem as passagens até o final desta manhã(15/9), os assessores jurídicos das três prefeituras podem entrar com uma ação para que, por via judicial, os índicos sejam obrigados a liberar o tráfego ou uma nova audiência será marcada.


