Audiência Pública mostra que Tarifa Zero é solução para o transporte público em Concórdia (ouça)
A implantação da tarifa zero e novas formas de financiamento do transporte público nos municípios foram o assunto da audiência pública promovida na última quinta-feira, pela Comissão Especial de Transportes, na Câmara de Vereadores de Concórdia.
Participaram do encontro vereadores, assessores parlamentares, secretários municipais, entidades patronais e sindicatos de trabalhadores e cidadãos de Concórdia. A audiência também contou com a participação do professor Dr. Lafaiete Santos Neves, economista, especialista em estudos sobre Tarifa Zero e Conselheiro Titular do Conselho da Cidade de Curitiba (CONCITIBA).
Segundo o professor Lafaiete Neves, no Brasil, mais de 100 municípios já adotam a tarifa zero, sendo que, em Santa Catarina já são 7 cidades que praticam a gratuidade para todos os passageiros. Porém, ele ressaltou que este processo, para ser implantado, deve primeiro ser muito bem estudado e planejado conforme as características de cada cidade.
Sobre as fontes de financiamento da Tarifa Zero, Lafaiete também informou que atualmente os municípios é que arcam com esse custeio com recursos do próprio orçamento. Ele citou que em Brasília, vários projetos sobre transporte coletivo estão tramitando, e que está sendo articulado no Congresso Nacional um pacote de leis que podem representar avanços na política nacional de transportes, entre elas, uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que prevê a criação do Sistema Único de Mobilidade (SUM), semelhante ao SUS (Sistema Único de Saúde).
Para o vereador Vilmar Comassetto (PDT), Presidente da Comissão, a audiência cumpriu com seu principal objetivo que foi de esclarecer sobre os condicionantes para colocar em prática a Tarifa Zero e seus benefícios.
Segundo Comassetto, as experiências com Tarifa Zero existentes e visitadas pela Comissão mostram que, além dos benefícios diretos aos usuários de transporte coletivo, toda a cidade ganha com o modelo da tarifa zero, em termos de mobilidade, menos carros nas ruas, circulação de maios pessoas na cidade, impulsionando o comércio, mais produção e consequentemente mais empregos. Concórdia precisa avançar nesse debate como uma das alternativas para viabilizar a mobilidade urbana da cidade, finalizou.
Fonte: Assessoria de comunicação da Câmara