Enquanto SC comemora recorde nos transplantes de órgãos, Concórdia tem redução na captação
Concórdia está indo na contramão do Estado quando o assunto é doação e transplantes de órgãos e tecidos. Na semana passada, o governo divulgou que Santa Catarina bateu um recorde no número de procedimentos realizados no ano de 2023. Foram 1713 ações realizadas, o maior da história do Estado.
Em Concórdia, no ano passado, a Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (CIHDOTT), do Hospital São Francisco, realizou a coleta de órgãos em dois pacientes. Em 2023, foram feitas seis notificações, isto é, havia seis pacientes que se enquadravam nesta condição, dos quais apenas duas famílias autorizaram o procedimento.
Os dados de transplante são diferentes dos dados de coleta. Enquanto que a coleta contabiliza o paciente, o transplante leva em conta cada órgão ou tecido. Ainda assim, um dado depende do outro. Em Concórdia, geralmente, as principais coletas são de rins, fígado e globo ocular.
A reportagem da Aliança FM realizou um levantamento sobre a coleta de órgãos em Concórdia. A quantidade de 2023 foi a mesma de 2022, período que compreende o menor número desde 2008, quando os procedimentos começaram a ser realizados. Os anos de 2016 e 2014 foram os campeões em coleta, com sete em cada ano.
Os últimos cinco anos são os que tiveram a maior redução de coleta de órgãos em Concórdia, mantendo uma média de apenas dois e três procedimentos. No total, em 16 anos, foram realizadas coletas em 58 pacientes no Hospital São Francisco, que foi credenciado ainda no ano de 2007.
A doação de órgãos ocorre sempre que um paciente é diagnosticado com morte cerebral, AVC isquêmico, traumatismo cranioencefálico ou aneurisma cerebral. É sempre recomendável que as pessoas deixem a família avisada sobre a intenção de ser doador pois são os parentes mais próximos os responsáveis por autorizar ou não a captação de órgãos.