Universidade Federal da Fronteira Sul em Concórdia volta ao debate na Câmara de Vereadores

A INDICAÇÃO Nº 9/2023 dos vereadores Vilmar Comassetto (PDT), Ingrid Fiorentin(PT), Margarete Poletto Dalla Costa (PT) e André Rizelo(PT) sugere que a Administração Municipal retome as negociações e as tratativas necessárias, junto ao governo federal, para a instalação de Campus da Universidade Federal da Fronteira Sul no município de Concórdia.    

Os vereadores afirmam que todos sabem que a instalação da UFFS em Concórdia é um anseio da sociedade não só de Concórdia, mas de toda a região do Alto Uruguai Catarinense.

Vários fatores apontam o potencial da região, o esforço das autoridades, o desejo da sociedade e a necessidade dos estudantes: uma universidade federal torna-se essencial para o desenvolvimento não só de Concórdia, mas desta região e de sua população.

Para o vereador Vilmar Comassetto essa é uma discussão que pauta os anseios para o futuro e propôs a reflexão ?Que município que esperamos para daqui 10, 20, 30 ou 50 anos, e que tipo de desenvolvimento queremos, se é apenas baseado no crescimento, ou naquilo que nós conceituamos como pleno desenvolvimento, que é aquele que oferece oportunidade para todos, que traz qualidade de vida, que supera os desafios que a tecnologia hoje nos impõe, que oferece soluções inovadoras, que promove o desenvolvimento sustentável, bem como, qual é a contribuição que uma universidade federal, ao se instalar no nosso município, pode dar para que a gente alcance esse futuro desejado?? e ainda reiterou ?Essa é a base na nossa disposição de novamente retomar esse sonho?.

A modernização da região, a ampliação das políticas em âmbito nacional, as potencialidades das indústrias e a urbanização crescente garantem que há condições de estabelecermos com sucesso uma extensão da Universidade da Fronteira Sul em nossa cidade e região, e, principalmente de que estudantes, municípios, setor agroindustrial, e sociedade em geral ampliem seus conhecimentos para o desenvolvimento regional sustentável.

Para os vereadores, através Universidade Federal, pode-se acelerar o desenvolvimento sustentável da região cujos esforços devem garantir que os benefícios sejam estendidos à todos que vivem aqui.

A vereadora Ingrid Fiorentin ressaltou a importância de retomar a implantação da UFFS e reforçou ?uma Universidade Federal inclui toda sociedade, seja no ensino, na inciativa a pesquisa, ou na extensão, todos os campos ganham?.

Considera-se de fundamental importância que o governo municipal retome esse processo de negociação junto ao governo federal e mobilize a comunidade, as entidades empresariais, trabalhadores, prefeituras da região, deputados federais, deputados estaduais, vereadores, prefeitos e os mais diversos setores da sociedade nessa mobilização.

Para o vereador André Rizelo é necessário retomar as conversas com todos que fizeram parte da construção desse projeto ?precisamos da vontade do governo municipal também de estarmos voltando a essas negociações e de todos que construíram esse projeto, pois a vontade de todos será fundamental para que a gente possa transformar esse sonho em realidade? afirmou o vereador.

A instalação da Universidade da Federal da Fronteira Sul (UFFS) na Mesorregião é resultado de um longo processo de mobilização que teve início nos movimentos sociais do campo e da cidade, entre os três estados da Região Sul, ainda em 2005. Em outubro de 2007 o Ministério da Educação confirmou a criação da UFFS. Atualmente estão instalados campus nas cidades de Laranjeiras do Sul e Realeza (PR), Erechim, Cerro Largo (RS) e Chapecó (SC), como sede da instituição.

A mobilização pela instalação de um campus da UFFS em Concórdia é um processo que já foi iniciado ainda em 2012, com a elaboração e entrega ao governo federal do Projeto de Expansão da Universidade Federal da Fronteira Sul, com a proposição de começar as atividades com cursos de engenharias mecânica, química, elétrica e mecatrônica. Porém devido a uma série de fatores foi interrompido. Como resultado concreto desse processo, o município adquiriu em 2014 uma área de terra e destinou especificamente para esse fim (DECRETO Nº 5.937, de 22 de outubro de 2014).