“Estas explicações não servem mais”, diz Pacheco sobre a Casan
O prefeito de Concórdia, Rogério Pacheco e o vice-prefeito, Edilson Massocco, fizeram um desabafo na tarde desta sexta-feira, dia 21, sobre os problemas de abastecimento de água no município. Os gestores disseram que não aceitam mais as explicações da Estatal e que medidas serão tomadas.
Os problemas são constantes e nas últimas semanas se agravaram. Vários bairros ficaram sem água e em algumas situações, os moradores permaneceram até uma semana sem abastecimento. “Ficou insustentável e não temos mais como admitir essa situação. A população sofre, nós sofremos juntos e chegamos ao limite, queremos uma resposta imediata. A Casan tenta explicar, mas estas explicações não servem mais”, relata o prefeito. “Fazemos cobranças constantes, notificações são encaminhadas, mas o problema permanece”, lamenta Pacheco.
O prefeito diz que tentou buscar soluções e sempre manteve a conversa com a Casan, mas agora não há mais como seguir neste caminho. Também lembra que a empresa fez investimentos no sistema e amenizou o problema em alguns locais, mas mesmo assim, não resolveu. “A gente não tem como romper o contrato agora, nem que quiséssemos, por questões legais, somos impedidos. Também não teríamos pessoal para administrar o sistema, assim de uma hora pra outra. Mas estamos encaminhando mais uma notificação e não vamos esperar. Em janeiro ou fevereiro vamois iniciar reuniões com a população, com os poderes constituídos e entidades, para mostrar um levantamento que temos, e discutir qual a melhor opção”, antecipa ele. “É importante que a população saiba que não estamos parados, temos ações judiciais contra a Casan, estamos fazendo um dossiê de informações, notificações e avaliando possibilidades de não renovar o contrato, que vence em 2020”, conta Pacheco. “Temos até o final de 2019 para nos posicionar, se renovamos ou não, mas não vamos esperar até lá. No início do ano vamos iniciar as audiências. Também queremos deixar claro que a decisão em relação ao futuro da Casan em Concórdia, não será de gabinete, mas sim, tomada em conjunto com a população”, ressalta.
O prefeito e o vice também deixaram claro que não acreditam na possibilidade de municipalização do serviço de abastecimento, porém admitiram que estudam outras alternativas, como uma parceria público/privada. Também contaram que já até conversaram com empresas, sobre uma possível concessão do sistema.