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Imprensa italiana diz que João Paulo II está morto

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A imprensa italiana noticiou que o papa João Paulo II morreu nesta sexta, 1º de abril, aos 84 anos. As informações ainda não foram confirmadas pelo Vaticano. O eletroencefalograma mostrou uma linha reta, segundo a agência Reuters.

Contudo, de acordo com o ministro de Saúde do Vaticano, cardeal mexicano Javier Lozano, o Papa está em agonia e em estágio de pré-morte.

O 264º papa da História não resistiu a infecção generalizada, encerrando um dos mais longos e o mais influente papado de todos os tempos. João Paulo II foi superado apenas por outros dois líderes católicos na duração do seu pontificado. Somente Pedro, o apóstolo e primeiro Pontífice, que ficou à frente da Igreja Católica por 34 anos - ou 37 anos, não se sabe ao certo - , e o italiano Pio IX, com 32 anos de papado, superaram o último Papa.

Nesta manhã, mesmo depois de sofrer uma falência cardiovascular e um choque, João Paulo II participou de uma missa com assessores próximos e recebeu a comunhão. Ele estava lúcido e tranqã¼ilo e optou por não ir para um hospital.

O estado de saúde do chefe da igreja católica piorou na tarde da quinta, 31 de março, quando uma infecção urinária provocou febre alta e pressão baixa. Desde fevereiro, o Papa apresentava uma saúde fragilizada. No início daquele mês, João Paulo II havia sido internado no Hospital Gemelli, em Roma, em decorrência de uma pneumonia.

Poucos dias depois de receber alta, voltou ao hospital e foi submetido a uma traqueostomia - cirurgia em que foi introduzida uma sonda para que ele respirasse melhor. Depois de sair do hospital, em 13 de março, o Pontífice apareceu poucas vezes em público.

Na última quarta, 30 de março, em decorrência de complicações, recebeu outra sonda, desta vez para auxiliar na alimentação. Desde que foi submetido à traqueostomia, João Paulo II havia perdido 19 quilos.

Nesta Páscoa, a fragilidade da saúde de João Paulo II ficou ainda mais evidente. Em 26 anos de papado, foi a primeira vez em que ele não conseguiu realizar a bênção da segunda seguinte ao Domingo de Páscoa, que encerra a celebração pontifical da Semana Santa. No Domingo de Páscoa, o Pontífice havia aparecido em uma janela no Vaticano para abençoar os fiéis, mas não conseguiu falar. Ele se limitou a fazer o sinal da cruz. A última vez que o papa havia falado em público fora duas semanas antes.

A mensagem do Domingo de Páscoa "Urbi et Orbi", expressão em latim para "à cidade e ao mundo", foi lida pelo cardeal Angelo Sodano. No texto, o Papa criticou a contínua violência ao redor do mundo, afirmando que esta deixou muitos lugares "banhados em sangue de muitas vítimas inocentes". O Pontífice lamentou a guerra e pediu a paz para os países da África e do Oriente Médio. Foi mais uma demonstração de que João Paulo II se mantinha atento às questões políticas mundiais.

O papado do polonês começou em 16 de outubro de 1978, quando os cardeais anunciaram com a tradicional fumaça branca saída da chaminé ao lado da Capela Sistina que Karol Wojtyla seria o primeiro Potífice não italiano em 455 anos, após três dias de reunião. Com a morte prematura de João Paulo I (que ficou 33 dias no cargo), aos 58 anos, Karol se tornou o Papa mais jovem em mais de um século. A simbologia de sua eleição, surpreendente para muitos que apostavam novamente em italianos, foi correspondida e superada pela sua atuação.

João Paulo II foi uma das personalidades mais importantes do século XX, um período marcado por profundas mudanças na sociedade, no qual o Papa não deixou de participar e opinar sobre os grandes temas. A força do polonês Wojtyla talvez seja comparada à do próprio São Pedro, papa que simboliza até hoje a dimensão do cargo. A lei do Vaticano diz: "o Romano Pontífice, como sucessor de Pedro, é o perpétuo e visível princípio e fundamento da unidade quer dos bispos quer da multidão dos fiéis".

 

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