MPSC desarticula fraude nas filas do SUS
O Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (GAECO) deflagrou na manhã desta quinta-feira, dois de agosto, a Operação Emergência. A investigação desarticulou uma organização criminosa que fraudava a lista de espera por procedimentos do Sistema Único de Saúde (SUS) no Meio-Oeste catarinense.
A organização criminosa tornava casos não tão urgentes em emergências médicas e “furava” a fila de centenas de pessoas que aguardam por procedimentos cirúrgicos. Para isso, os criminosos recebiam dinheiro ou algum outro sistema de favorecimento.
Dados falsos eram inseridos no Sistema Nacional de Regulação (SISREG) para agilizar e desrespeitar a ordem de atendimento. Quem fazia isso eram os profissionais de saúde, que registravam um procedimento eletivo como "emergência".
Estão em cumprimento nove mandados de prisão temporária e 39 de busca e apreensão em 12 municípios catarinenses: Caçador, Lebon Régis, Ibiam, Timbó Grande, Ibicaré, Videira, Rio das Antas, Calmon, Santa Cecília, Faxinal dos Guedes, Ponte Serrada e Balneário Camboriú. Os mandados de prisão temporária são cumpridos contra agentes públicos e profissionais da saúde. Já os mandados de busca e apreensão miram residências, empresas, consultórios médicos, órgãos públicos e estabelecimentos hospitalares.
O trabalho é realizado pelo GAECO, juntamente com a Subprocuradoria-Geral de Justiça para Assuntos Jurídicos do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC). A Operação Emergência apura a prática dos crimes de organização criminosa, inserção de dados falsos em sistemas de informação, concussão, corrupção ativa e passiva, falsidade ideológica, falsidade de atestado médico, fraude em licitação, entre outros crimes e atos de improbidade administrativa.
Fonte: ASCOM Ministério Público