Números do IBGE mostram que é preciso pensar em alternativas para evitar o êxodo
A estimativa populacional do IBGE, divulgada nesta quarta-feira, dia 29, cujos dados da região estão no site da Aliança, o www.radioalianca.com.br, nos remete a seguinte questão: Por que a região está perdendo habitantes?
A microrregião do Alto Uruguai Catarinense, que no ano passado tinha um contingente de 151.245 moradores nos 16 municípios, neste ano tem 151.075, uma redução de 170 indivíduos. As únicas cidades que cresceram em habitantes foram Concórdia, Ipumirim e Irani. Porém, o crescimento foi tímido e proporcional ao número de moradores. Todos os demais perderam moradores, em comparação com o ano passado.
Somente um estudo mais aprofundado pode apontar os motivos dessa redução populacional. No geral, no que tange a toda a região, os números da estimativa desse ano mostram um cenário diferente em comparação com os dados de outras estimativas. Até o ano passado, a microrregião apresentava crescimento populacional, mas num ritmo lento.
Dentre os principais fatores, certamente está o êxodo de jovens, que saem da região em busca de oportunidades de trabalho, renda e estudo em centros maiores. Por exemplo, muitos que saem para cursar ensino superior, acabam não mais voltando. Tal situação faz com que seja repensada a questão da oferta de cursos de ensino superior, especialmente gratuito na nossa região. Bem como a questão de trabalho, que reforça a necessidade de que se crie investimentos ou incentivos para atrair mais empresas para a Amauc. Claro que somente isso não basta! É preciso criar uma infraestrutura logística que também seja atraente para esses empreendimentos. Outra saída é fomentar o empreendedorismo, que pode gerar novas médias e pequenas empresas, com geração de postos de trabalho. É o desafio!!!
O aumento populacional traz benefícios para a economia, já que são mais pessoas comprando e consumindo no mercado local. Por outro lado, um número maior de moradores também demanda de mais estrutura como creches, postos de saúde, escolas e agentes de segurança pública. Neste quesito, o Estado tem deixado a desejar nos últimos anos. É só observar a situação de municípios próximos a nós.
Sem sombra de dúvidas, os números do IBGE apontam que é preciso fazer uma reflexão. Afinal de contas, a região, queira ou não queira, está deixando de ser atraente para os jovens ou pessoas de outras localidades. Temos que criar uma condição para que a população regional volte a crescer e tenha condições estruturais para crescer sem perder a qualidade de vida.