Operação Veraneio: Quando o governo decide "despir um santo para vestir o outro"
O Governo do Estado realizou na última semana um pré-lançamento da Operação Veraneio 2018/2019. O objetivo é reforçar o efetivo da segurança pública e de serviços do Estado em municípios ou regiões que recebem muitos turistas durante o período de verão, como cidades litorâneas ou balneários.
Os discursos sempre são bonitos e pomposos em nome do zelo do nome do Estado de Santa Catarina, para que o turista fique com boa impressão, se sinta seguro e atendido, sempre volte e por aí vai. Porém, ninguém fala na transferência do efetivo policial de outras regiões para atender a demanda nas cidades turísticas.
Sinceramente, espero que não seja verdade! Mas pela fonte que passou essa informação, ela tem tudo para proceder nesse momento. A "novidade" é de que pelo menos 100 policiais militares que atuam na região do Comando Regional da PM, sediado em Chapecó e que abrange também Concórdia, poderiam ser deslocados para o litoral para trabalhar na operação. Essa mesma informação dá conta de que já haveria uma mobilização nos bastidores para reduzir esse contingente de policiais a serem levados para a Operação Veraneio. O objetivo é garantir efetivo por aqui também. Por enquanto não há manifestação oficial sobre essas transferências. Apenas nos bastidores.
A reportagem da Rádio Aliança tentou buscar com a Polícia Civil quantos agentes poderiam ser levados para trabalhar na Operação Veraneio, mas não obteve resposta.
Independente da quantidade, uma coisa é certa! Agentes da segurança pública da região serão convocados para trabalhar em cidades que recebem o grande fluxo de turistas durante o verão. Entra ano, sai ano e continua o pensamento do "despir um santo para vestir outro" no que se refere a segurança pública, especialmente nesse período do ano. Pelas informações apuradas pelo Jornalismo da Rádio Aliança, caso se confirme esse contingente de 100 PMs do Oeste para a Operação Veraneio, isso poderá deixar algumas cidades desguarnecidas nesse período. Salientando que hoje, com o quadro completo, a demanda regional exige que se tenha mais policiais nos municípios, cujas vagas não são preenchidas no sentido de reforçar, mas apenas de recompor.
O próximo governador, comandante Moisés, vai ter que resolver essa equação. Mesmo com o Estado numa situação delicada no que tange as finanças, a maioria das cidades necessita de aumento no efetivo policial durante todo o ano e isso não é de agora. Uma reengenharia administrativa e das finanças do Estado terá que ser feita ainda no primeiro ano do próximo governo, para que seja possível atender essa e outras demandas que são "para ontem"
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Caso contrário, a cômoda prática de despir um santo para vestir o outro vai continuar e especialmente a Região Oeste continuará sendo o quintal do Estado.