Presidente da Perdigão recusa proposta de compra de ações e diz que preço da SADIA é baixo

O presidente da Perdigão, Nildemar Secches, recusou formalmente na tarde da última terça-feira (18/7), a proposta da Sadia para a compra de ações. A Sadia fez uma oferta pública para assumir o controle da Perdigão, um negócio que poderia chegar a R$ 3,7 bilhões. O diretor de relações institucionais da Perdião, Ricardo Menezes, afirma que a venda de ações está prevista em estatuto e a oferta por 100% só pode ser feita por compradores que já detenham pelo menos 20% das ações da empresa. Isso não se aplica à Sadia, que não tem nenhuma ação da Perdigão.

O presidente da Perdigão também considerou extremamente baixo o preço de R$ 27,88 por ação oferecido pela Sadia. Segundo Nildomar Secches, avaliações realizadas recentemente por grandes bancos, apontam o preço alvo bastante superior ao que foi ofertado.

Já o presidente do Conselho Administrativo da Sadia, Walter Fontana, rebateu dizendo que existe uma diferença entre a forma de avaliar as ações. Ele também disse que o preço da Sadia foi o mais alto entre os critérios que o estatuto da Perdigão estabeleceu. A Sadia não deve considerar a posição do presidente da Perdigão e aguardar a resposta oficial até o dia 24 de outurbo, data limite para empresa dizer se aceita ou não a proposta.