
Sepultado, em Florianópolis, o corpo do secretário estadual da Educação

Foi enterrado na tarde de domingo (3/7), o corpo do secretário de Estado da Educação, Ciência e Tecnologia Jacó Anderle. O sepultamento ocorreu no Jardim da Paz, em Florianópolis. Jacó Anderle faleceu às 22h50 de sábado(2/7) no Hospital de Caridade, aos 69 anos, depois de uma luta de nove meses contra um cÂncer no pulmão. Sociólogo, político, educador e professor universitário, Anderle, trabalhou até quarta-feira, quando firmou protocolo de cooperação com a Unesco para expandir o Projeto Escola Aberta à Cultura e Cidadania nas escolas públicas de Santa Catarina. Anderle faleceu lúcido, ao lado da mulher, professora Elizabete Anderle, dos filhos Ricardo, Fernando e Elisa, amigos, colaboradores, membros do governo e equipe médica que permaneceram ao seu lado até a noite.
O governador Luiz Henrique anunciou que o secretário estava promovendo uma revolução no sistema público de ensino de Santa Catarina.Tendo atuado em vários governos no período pós-democratização do país, o sociólogo manteve-se, por determinação e obstinação próprias, ativo até o fim, colocando em prática ações para fortalecer a qualidade da Educação em Santa Catarina. O secretário coordenava cerca de 49 projetos em todos os níveis e modalidades de ensino que deixou formulados em uma série de folhetos denominados Plano de Trabalho da Gestão Estadual da Educação, escritos por ele mesmo, nos últimos dias.
Nas duas últimas semanas, embora com a saúde bastante debilitada e dores acentuadas, percorreu grande parte do Oeste e Vale do Itajaí mobilizando secretários e gerentes regionais, prefeitos, secretários municipais de educação, reitores de universidades, diretores de escolas e entidades civis para consolidar e acelerar a implementação dos Modelos Diferenciados de Escola Pública. Projetava um Sistema Unificado de Educação Pública, calcado na gestão solidária e compartilhada entre estado e municípios. Com a determinação de triplicar as metas dos Projetos Escola Aberta, Educação em Tempo Integral e Educação Alimentar e Ambiental (Ambial), já em funcionamento em cerca de 150 instituições de ensino, trabalhava para estabelecer uma formação completa e de qualidade, integradora da comunidade, socialmente inclusiva e voltada à cidadania.


