Concórdia Saneamento faz balanço de seis meses e reforça investimentos de R$ 300 milhões
A Concórdia Saneamento completou, no fim de julho, seis meses à frente da operação do sistema de abastecimento de água e tratamento de esgoto no município. O período foi marcado por um início conturbado, com dificuldades operacionais, mas também por avanços significativos na qualidade do serviço.
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Em entrevista ao Microfone Aberto da Massa FM nesta segunda-feira (11), o superintendente da empresa, José Roberto Epstein, destacou que a ausência de uma transição com a antiga concessionária gerou um acúmulo de serviços e problemas de abastecimento nos primeiros 45 dias, exigindo o uso intensivo de caminhões-pipa.
Segundo ele, a estratégia para superar esse cenário incluiu reforço de equipes com técnicos experientes de outras unidades do grupo GS Inima, automação do sistema e busca ativa de vazamentos, o que já reduziu as perdas de água em mais de 10 pontos percentuais. “Hoje já estamos em uma situação muito mais estável e trabalhando para garantir um verão mais tranquilo que o anterior”, afirmou.
Epstein informou que, desde o início da operação, já foram aplicados mais de R$ 3,5 milhões em aquisição de equipamentos, sistemas de telemetria e melhorias operacionais. A empresa projeta investir mais de R$ 300 milhões ao longo da concessão, sendo os quatro primeiros anos os de maior volume.
Entre as obras estruturantes previstas estão a captação no Rio Uruguai, uma nova estação de tratamento de água na Linha São Paulo e a implantação de mais de 220 quilômetros de redes coletoras de esgoto.
O superintendente também citou a conclusão, em 45 dias, das intervenções necessárias na Avenida Tancredo de Almeida Neves, o que permitiu a continuidade das obras de pavimentação da Prefeitura sem novos atrasos.
Com os projetos executivos previstos para serem contratados até o fim de 2025, a Concórdia Saneamento espera iniciar em 2026 um amplo canteiro de obras que, segundo Epstein, vai se somar aos investimentos municipais para modernizar a infraestrutura da cidade.
Outros dados
Na segunda semana de atividades, o número de chamados por falta de água atingia 633 ocorrências. O trabalho intenso da concessionária sanou uma série de problemas na cidade, reduzindo significativamente as reclamações. Na última semana de julho, os chamados por falta de água estavam em apenas 14.
Epstein ressaltou que outro benefício à população foi a redução de cerca de 25% no valor das tarifas. Atualmente, o cliente residencial com consumo de 10m3 mensais tem fatura de R$ 56,37. Se o serviço estivesse a cargo da concessionária anterior, o preço seria de R$ 76,12.
Em seis meses, foram identificados e consertados mais de 1.300 mil vazamentos, identificados em pesquisa por geofone e chamados da população. Em janeiro, a cidade tinha, em média, 1,23 vazamento oculto por quilômetro.
Outro dado contundente a partir das atividades da companhia foi a redução proporcional de 17% no volume de perdas de água. No início da concessão, os dados da prefeitura indicavam perdas de 53% de toda a água tratada na cidade. O percentual caiu para 44%, enquanto a meta para 2025 é reduzir as perdas a 50%.
