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Nota oficial da empresa: Grupo Bokitus esclarece processo de venda e reforça compromisso com a transparência

Empresa está em Recuperação Judicial desde 2023 e negocia fase final de transição para o Grupo Albatroz; objetivo é garantir empregos e continuidade das operações.
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Divulgação
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O Grupo Bokitus divulgou nota oficial nesta semana para esclarecer o atual momento da empresa, que desde 2023 passa por um processo de Recuperação Judicial motivado por dificuldades financeiras. A nota confirma que, há cerca de 30 dias, iniciaram-se as tratativas com o Grupo Albatroz Investidores e Participação Empresarial Ltda, que deve assumir o controle da indústria. A transação encontra-se em fase final, com os novos gestores adotando medidas para resolver pendências com funcionários e assegurar a manutenção do parque industrial.

Nota à imprensa 

Em função das dificuldades financeiras ocasionadas por fatores alheios à vontade dos gestores, a Bokitus iniciou em 2023 um processo de Recuperação Judicial. Com a finalidade de manter as atividades e assegurar os empregos gerados pela indústria, o Grupo Bokitus iniciou há cerca de 30 dias uma negociação com o Grupo Albatroz Investidores e Participação Empresarial Ltda, que demonstrou interesse em assumir o negócio. 

A família Pinheiro, que fundou o Grupo Bokitus, encaminhou a venda do empreendimento ao referido grupo. A transação está em fase final e, conforme o acordo, os novos detentores estão adotando medidas para solucionar os problemas com os funcionários. Portanto, neste momento, a família Pinheiro não está no comando da fábrica, localizada às margens da BR-153, em Concórdia-SC. Com um processo de transição em andamento, ocorreu um atraso no pagamento de salários aos colaboradores. Cabe esclarecer que as padarias localizadas no Centro de Concórdia (Rua Atalípio Magarinos e Travessa Lamonato) já não mantêm a marca Bokitus, mas estão sob o comando da família Pinheiro. Os empreendimentos estão passando por um processo de mudança de marca e layout.

A venda do Grupo Bokitus foi uma forma de salvaguardar os interesses dos funcionários, que poderão dar continuidade às atividades, mantendo a operacionalidade do parque industrial, preservando seus postos de trabalho e tendo a oportunidade de construir uma nova história. A seriedade e a transparência sempre fizeram parte da trajetória do Grupo Bokitus, mesmo nos momentos de dificuldades e esses princípios permanecem intactos.

Relembre a matéria postada no dia 17 de junho!!!

Funcionários da empresa Bokitus realizaram uma manifestação na tarde desta terça-feira (17) em Concórdia. O ato ocorreu em frente à unidade da empresa e se estendeu até a BR-153, nas proximidades do principal acesso ao município.

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O protesto tem como foco a insatisfação com o atraso no pagamento dos salários. Os colaboradores relatam que estão há semanas sem receber seus vencimentos e que o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) não é depositado há cerca de um ano e meio.

Outro ponto de preocupação relatado pelos manifestantes é a falta de transparência sobre a gestão da empresa. Segundo os trabalhadores, há rumores de que a empresa teria sido vendida, mas ninguém sabe quem está à frente atualmente. A ausência de informações claras tem dificultado qualquer tipo de negociação com o sindicato.

Durante o ato, a equipe de jornalismo da Massa FM conversou com alguns dos participantes, que relataram momentos de dificuldade.

“Estamos no dia 17 e nada de pagamento. Não sabemos nem quem é o dono. Tem colega que está sem comida em casa. A gente só quer o que é nosso. Se for para fechar, que demitam e paguem o que nos devem”, disse um dos trabalhadores.

Enquanto o protesto ocorria, representantes da nova gestão da Bokitus estiveram no local. Eles informaram que, após o término de uma reunião com os colaboradores, pretendem conversar com a imprensa e apresentar esclarecimentos sobre a situação da empresa.

O Grupo Bokitus atravessa um momento delicado. A empresa ingressou com pedido de recuperação judicial em maio de 2023, em um processo avaliado em R$ 13,1 milhões, que corre na Vara Regional de Falências e Recuperações Judiciais de Concórdia. Um administrador judicial já foi designado para conduzir o caso.

A crise enfrentada pela companhia é atribuída a diversos fatores, entre eles os bloqueios de estradas após as eleições presidenciais de 2022, a alta nos preços do trigo em razão da guerra na Ucrânia e a perda de um contrato com uma grande rede de supermercados, responsável por cerca de 70% da demanda da produção.

"A reportagem do portal Aliança News e da Massa FM também procurou a direção da empresa para ouvir a outra versão dos fatos, mas, até o momento, não obteve retorno. O espaço segue aberto para que um representante da Bokitos apresente sua posição, e a manifestação será acrescentada a esta reportagem."

A Massa FM continuará acompanhando a situação e trará novas atualizações ao longo do dia.

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