Prefeitura se manifesta sobre bebê morto em ônibus
A morte de um bebê de quatro meses durante a viagem de retorno de Florianópolis para Concórdia, na terça-feira (18), desencadeou fortes críticas da mãe, Vanessa Araujo, que acusa a prefeitura de falta de suporte no deslocamento. A família havia viajado à Capital para uma consulta com uma nefrologista pediátrica, mas, segundo a mãe, recebeu apenas as passagens de ônibus, sem qualquer orientação adicional.
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Vanessa relatou que precisou contar com a ajuda do próprio motorista para entender como funcionaria o trajeto na chegada a Florianópolis. No retorno, no fim da tarde, o bebê começou a passar mal quando o coletivo trafegava pela BR-470, em Apiúna. O quadro se agravou rapidamente, e passageiros perceberam que a criança estava perdendo os sentidos.
O secretário de Saúde de Concórdia, Rudi Zanella, disse ao ND+ que o município providenciou o agendamento da consulta e entregou as passagens conforme o procedimento padrão, já que não havia solicitação médica que indicasse necessidade de ambulância ou transporte especial.
Zanella afirmou ainda que a criança foi avaliada pela especialista, liberada e não teve recomendação de internação. Ele também disse que a prefeitura acompanha o caso e presta apoio após o ocorrido, incluindo auxílio para o translado do corpo e para o retorno da família a Concórdia.
Fala da mãe
Equipes dos Bombeiros Voluntários de Ascurra, Apiúna e Rodeio foram acionadas e fizeram o atendimento emergencial. O bebê foi encaminhado ao Hospital Doutor Waldomiro Colautti, em Ibirama, mas não resistiu.
Abalada, a mãe relatou nas redes sociais que viveu “o pior momento da vida” ao ver o filho sofrer uma parada cardíaca dentro do ônibus em movimento. Ela afirma que não recebeu amparo do poder público após a tragédia e que permanece aguardando apoio longe de casa, com o corpo da criança no necrotério de um hospital que não conhecia.
Segundo Vanessa, a longa viagem deixou o bebê exausto e teria contribuído para o desfecho fatal. Ela afirma que seguirá buscando justiça para esclarecer falhas que, na visão dela, poderiam ter sido evitadas com maior assistência.