
Granjas de suínos tecnificadas terão que implantar medidas de biosseguridade determinadas em nova portaria

Suinocultores terão linha de crédito em condições especiais para adequarem os estabelecimentos às medidas sanitárias previstas no documento. Portaria estabelece medidas de biosseguridade para qualificar ainda mais a suinocultura catarinense.
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Nesta semana, a Secretaria de Estado da Agricultura e Pecuária (Sape) e a Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc) publicaram uma nova portaria sobre biosseguridade na suinocultura. A portaria Sape nº 50/2025 descreve um conjunto de boas práticas que devem obrigatoriamente ser seguidas nas granjas tecnificadas (comerciais), como o controle de acesso ao estabelecimento, procedimentos de desinfecção e a destinação de dejetos.
A adoção de práticas e procedimentos de biosseguridade nas granjas é essencial para garantir a saúde dos animais e minimizar os riscos de contaminação e disseminação de doenças. Muitas granjas catarinenses já implementaram por escolha própria as medidas sanitárias preconizadas pela portaria, pelos ganhos que isso traz à produção e à exportação da carne.
Assim que entrarem em vigor, dentro de 60 dias, estas diretrizes serão obrigatórias para todas as granjas tecnificadas. Algumas medidas são organizacionais e de higiene, outras exigirão ajustes estruturais. A norma também estabelecerá prazos para que granjas preexistentes se ajustem às novas medidas, variando da vigência até 12 a 24 meses, dependendo da adequação.
Para garantir que também os pequenos produtores possam se adequar às exigências, o Governo do Estado criou o Programa Biosseguridade Animal SC, que prevê financiamentos de até R$ 70 mil por granja, com subvenção de até 40%, além de um ano de carência e pagamento em cinco parcelas anuais.
O secretário de Estado da Agricultura e Pecuária, Carlos Chiodini, afirma que este pacote (a portaria fortalecendo as orientações de biosseguridade e a linha de crédito) foi pensado para garantir o engajamento de todos com as medidas sanitárias. “A portaria representa um marco histórico para a suinocultura de Santa Catarina, foi pautada por um amplo diálogo com todo o setor produtivo. Foi cuidadosamente elaborada com a participação de agroindústrias, suinocultores, entidades representativas, além do corpo técnico da Secretaria e da Cidasc, garantindo uma ação eficaz e exequível, contando também com o apoio do Programa de Biosseguridade Animal SC”, destaca Chiodini.
Para a presidente da Cidasc, Celles Regina de Matos, a mudança trará ganhos a todos, fortalecendo a suinocultura catarinense. “A biosseguridade já existe em Santa Catarina, mas com esta portaria ela sai das integradoras, das cooperativas e vai para o produtor independente também. A cadeia produtiva precisa que a sanidade esteja presente em todas as etapas e a portaria estabelece quais são estes critérios mínimos para garantir um rebanho sadio”, afirma a presidente Celles.
A presidente da Cidasc destaca ainda que o auxílio que o Governo do Estado criou ajuda o setor a reforçar as medidas de biosseguridade. “Isto permitirá ao produtor adequar sua produção, melhorar sua produtividade e ter garantia da perenidade de seu negócio, além de contribuir com o fortalecimento da nossa suinocultura, que é a que mais exporta no Brasil”, lembra Celles Regina de Matos.
A sanidade animal é o diferencial que permitiu à carne suína catarinense chegar a 78 países no ano passado, movimentando US$1,7 bilhão. Os países do continente asiático são o principal mercado comprador desses produtos.
A portaria está disponível no site da Cidasc: https://www.cidasc.sc.gov.br/defesasanitariaanimal/files/2025/09/Portaria-SAPE-50-2025-assinada.pdf


