
Com críticas ao governo Jorginho, João Rodrigues aponta ‘pecado’ cometido em SC

Em entrevista ao ND Mais, o prefeito de Chapecó, João Rodrigues (PSD), fez críticas ao governo de Jorginho Mello (PL) e afirmou que Santa Catarina comete um “pecado” ao colocar interesses partidários acima das necessidades da população.
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Pré-candidato ao governo do Estado, João defendeu uma gestão com foco no cidadão. “Não aceito coligar com ninguém que tenha troca. Qualquer troca que seja, não participo, prefiro correr sozinho, sem nenhum aliado, mas olhando para o eleitor e dizendo que eu quero me aliar com você”, afirma.
João Rodrigues critica Jorginho ao falar sobre postura institucional
O prefeito de Chapecó também comentou sobre a importância do diálogo institucional entre o governo do Estado, os municípios e o governo federal, independentemente de alinhamentos partidários.
“Um governador de Estado, independente de quem governe o país, ele tem que ter relação institucional. Não é alinhamento político partidário, é relação institucional para resolver os problemas federais dentro do Estado”, disse.
“O que não pode é o governante governar partidariamente durante uma data toda. Isso é um equívoco e este erro, lamentavelmente, Santa Catarina comete esse pecado neste momento”, afirmou.
Pacto federativo: concentração de recursos
O prefeito de Chapecó, João Rodrigues, voltou a bater na tecla do pacto federativo e defendeu uma revisão do modelo atual, que, segundo ele, penaliza os municípios, justamente onde os problemas do dia a dia acontecem.
Ao ND Mais, ele lembrou que, enquanto os municípios cuidam da saúde, segurança, iluminação e até da manutenção das ruas, recebem a menor fatia do dinheiro arrecadado no país.
“De cada R$ 10 arrecadados, para você ter uma ideia, R$ 1,35 fica para o município. Você deixa para o Estado R$ 2,50. O resto fica tudo na União. O problema não está no Estado e não está na União, está no município. Então o problema da violência é no município, a saúde é no município, a rua, a luz, tudo está no município e menos dinheiro é no município. Então teria que se discutir um novo pacto federativo”, afirmou João Rodrigues.
Para ele, a distribuição atual é injusta e precisa mudar. E, mais do que isso, a Constituição de 1988 também precisa ser revista. Na visão de Rodrigues, o texto foi sendo distorcido ao longo dos anos, principalmente pelas interpretações do STF, e o Legislativo perdeu protagonismo.
“Tem que se fazer uma revisão porque a Constituição de 1988 está superada, desvirtuada, pelo próprio STF, que já não alinha mais o que diz a Constituição e o próprio Legislativo brasileiro perdeu o foco”, afirmou, apontando que a instabilidade e a disputa entre os poderes contribuem para a paralisação das soluções.
Com essas posições, João Rodrigues já começa a desenhar o que pode ser sua plataforma para a disputa de 2026. Ele quer debater temas estruturais, como a divisão dos recursos públicos e o papel de cada poder.
Fonte: ND+


