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Neuropsicopedagoga fala sobre os desafios e avanços no tratamento do autismo em Concórdia

Edete Schons concedeu entrevista à Massa FM na manhã desta sexta-feira.
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O mês de abril é marcado por ações de conscientização sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA), com destaque para o dia 2, reconhecido mundialmente como o Dia da Conscientização do Autismo. Dentro dessa proposta, a professora Edete Schons, pedagoga e neuropsicopedagoga, participou de uma entrevista no Microfone Aberto, da Massa FM, nesta sexta-feira, dia 11, onde trouxe reflexões importantes sobre o cenário do autismo em Concórdia e região.

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Nesta semana, Edete também esteve na tribuna da Câmara de Vereadores de Concórdia, onde apresentou dados e compartilhou sua experiência como assessora do Polo de Autismo da rede estadual de ensino. Segundo a professora, o diagnóstico ainda é tardio em muitos casos, o que dificulta o acompanhamento adequado.

“A maioria das crianças está sendo diagnosticada entre 8 e 10 anos. Os sintomas muitas vezes se camuflam com outros transtornos como TDAH ou ansiedade, o que atrasa a busca por ajuda”, explica.

Edete atua diretamente com crianças autistas desde 2022, quando foi convidada a integrar um projeto do Governo do Estado para apoio às escolas. Em 2024, com a abertura oficial do Polo de Autismo em Concórdia, passou a atender estudantes da rede estadual no contraturno escolar. Atualmente, o Polo conta com 10 alunos, com idade entre 7 e 14 anos.

A profissional destaca que cada criança autista tem características únicas e precisa de um plano educacional individualizado. “Não existe uma receita pronta. Utilizamos metodologias baseadas na ciência ABA, além de técnicas dos métodos Teach e Denver, adaptando conforme o perfil de cada estudante”, afirma.

Durante a entrevista, ela também explicou como os primeiros sinais podem surgir ainda na fase de amamentação, como a ausência de contato visual, dificuldade de interação e comportamentos repetitivos. “É possível notar quando o bebê não olha nos olhos, se isola nas brincadeiras ou tem seletividade alimentar e sensorial”, exemplifica.

Além dos desafios pedagógicos, Edete reforça a importância do acolhimento às famílias. “As crianças com autismo precisam ser compreendidas pela sociedade. Muitas famílias estão desassistidas e precisam tanto de apoio quanto os próprios filhos. O diagnóstico ainda é um processo difícil para muitos pais, e a aceitação pode levar tempo, o que infelizmente atrasa o início das intervenções.”

O Polo de Autismo da rede estadual está localizado no prédio do Ceja (centro de Educação de Jovens e Adultos), próximo ao Olavo Cecco Rigon. Pessoas que precisem de orientações neste sentido, podem entrar em contato através do telefone 3482-6092.

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