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Concórdia e região já registraram mais de 900 boletins por violência doméstica neste ano

Delegada da DPCAMI concedeu entrevista à Massa FM e falou ainda sobre violência infantil.
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O Microfone Aberto desta quinta-feira, 4 de setembro, recebeu a delegada Ediana Grenzel Person, responsável pela Delegacia de Proteção à Criança, Adolescente, Mulher e Idoso (DPCAMI) de Concórdia. A entrevista teve como tema central a violência contra a mulher, assunto que ganhou destaque durante o Agosto Lilás, mas que exige atenção permanente da sociedade.

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A delegada apresentou dados que mostram a gravidade do problema em Concórdia e região. Somente neste ano, já foram instaurados 340 inquéritos policiais, além de 908 boletins de ocorrência e cerca de 320 medidas protetivas encaminhadas ao Judiciário. Segundo ela, a DPCAMI de Concórdia é hoje uma das unidades policiais com maior volume de procedimentos de investigação, refletindo a realidade preocupante da violência de gênero em Santa Catarina.

Ediana também destacou que a violência contra a mulher não se limita ao ambiente doméstico. Ela pode ocorrer em diferentes espaços da sociedade e está relacionada a fatores históricos, como o machismo e a dependência econômica ou emocional, que dificultam a ruptura de relações abusivas. A delegada alertou ainda para outro cenário grave: a violência sexual contra crianças e adolescentes. Em 98% dos casos, segundo ela, os abusadores pertencem ao círculo familiar ou de confiança da vítima.

A delegada lembrou que o enfrentamento a essas situações não depende apenas da polícia, mas de toda a sociedade. “As crianças e as mulheres são responsabilidade coletiva. É preciso mudar pensamentos e combater o machismo por meio da educação”, frisou. Além das investigações, a Polícia Civil também realiza ações preventivas, como palestras em escolas, grupos de mães e comunidades, buscando conscientizar a população.

Ediana reforçou ainda a importância da denúncia, que pode ser feita inclusive de forma anônima. Todas as informações recebidas são apuradas, seja pela Polícia Civil ou em conjunto com órgãos de proteção, como Conselho Tutelar, CRAS, CREAS, Ministério Público e Judiciário. “A denúncia é essencial para que possamos agir e garantir a proteção das vítimas”, concluiu.

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