
Reviravolta no caso de concordiense assassinada em SP; companheiro é o suspeito

Em menos de cinco dias, o caso do empresário catarinense preso suspeito de matar a esposa em Alphaville, um condomínio de luxo em São Paulo, deu uma reviravolta. Primeiro, o Ministério Público solicitou a soltura de Fábio Seoane Soalheiro, de 59 anos, por falta de clareza em parte dos laudos do Instituto Médico Legal sobre as causas da morte de Bruna Martello Carvalho, de 35 anos.
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No começo desta semana, porém, o MP mudou o entendimento e não só pediu pela manutenção da detenção do homem como o denunciou por feminicídio duplamente qualificado por asfixia e recurso que dificultou a defesa da vítima. A Justiça aceitou a acusação e agora Fábio é réu no processo.
O pedido foi feito pelo promotor criminal Vitor Petri. A vítima, catarinense de Concórdia e mãe de uma menina de cinco anos, foi encontrada morta no primeiro domingo deste mês (dia 3) no apartamento do casal com ferimentos na cabeça, no rosto, nos braços e nas pernas. Fábio foi preso em flagrante, apesar de ter alegado que Bruna teria tido uma convulsão e batido com a cabeça. Ele chegou a ligar para o Samu e pedir ajuda.
As autoridades descobriram, na delegacia, que havia um mandado de prisão em aberto contra ele por não instalar tornozeleira eletrônica após denúncias de violência doméstica de outra mulher em Blumenau. O empresário é de Florianópolis, mas morou na maior cidade do Vale do Itajaí. À época, relacionou-se com uma mulher que o denunciou e conseguiu três medidas protetivas contra ele. Além do mandado de prisão por causa da tornozeleira eletrônica, havia outro por não pagamento de pensão alimentícia.
No caso ocorrido em São Paulo, a imprecisão do laudo cadavérico de Bruna fez o promotor pedir pela soltura de Fábio na sexta-feira (15), conta o advogado do réu, Rodolfo Warmeling. Logo depois, no entanto, os pais da mulher enviaram uma análise assinada por um perito criminal contratado. No documento, o profissional aponta que o laudo do IML “provoca uma falsa conclusão” e que o conjunto de sinais é compatível com “asfixia por compressão torácica de origem externa”.
Assim, Petri voltou atrás e denunciou o suspeito, que permanece preso. Bruna e Fábio estavam juntos há cerca de um ano. Ela foi sepultada em Santana de Parnaíba, em São Paulo.
O que diz a defesa
“A defesa foi intimada da decisão que recebeu a denúncia em desfavor de Fábio Seoane Soalheiro que imputou o cometimento – em tese, pelo delito de feminicídio qualificado. A denúncia oferecida pelo Ministério Público do Estado de São Paulo, valeu-se de argumentos reproduzidos através de um laudo pericial indireto e, portanto, não realizada através de um profissional imparcial – como de costume”.
“Diante da superveniência dos fatos, reiteramos nosso compromisso com a Justiça, vamos apresentar a defesa de Fábio no momento oportuno, confiantes de que todos os fatos serão melhores esclarecidos no curso do processo”, escreveu Rodolfo.
Fonte: NSC


