
Justiça decreta falência do Grupo Bokitu’s, em Concórdia; veja a decisão


A Vara Regional de Falências e Recuperações Judiciais de Concórdia decretou a falência do Grupo Bokitu’s, após mais de um ano de tramitação do pedido de recuperação judicial. A decisão, assinada pelo juiz responsável pela área empresarial, converte o processo de recuperação em falência, encerrando oficialmente a tentativa de reestruturação das empresas.
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O grupo era composto por Bokitu’s Padaria, Confeitaria e Lancheria Ltda, GBA Indústria, Comércio e Transportes Ltda, Padaria e Confeitaria Mcecília Ltda, Padaria Pinherus Ltda, Panificadora e Confeitaria Hellô Ltda e, mais recentemente, Albatroz Investimento e Participação Empresarial Ltda, que havia assumido o controle societário.
De acordo com a sentença, a decisão foi tomada após a constatação de paralisação total das atividades de quatro das cinco empresas, ausência de faturamento e de funcionários, além de descumprimento do plano de recuperação judicial. O processo também apontou irregularidades administrativas, como mudanças contratuais sem autorização judicial e a falta de prestação de contas.
O juiz fixou o termo legal da falência em 8 de dezembro de 2022 e manteve a Laspro Consultores Ltda. como administradora judicial da massa falida, responsável pela gestão do processo e pela comunicação com os credores.
A partir de agora, os credores devem apresentar habilitações e divergências de crédito, conforme a Lei de Falências e Recuperações Judiciais (Lei 11.101/2005). Ainda conforme informações, os sócio proprietários poderão responder por ação penal por manobras fraudulentas.
Com a decisão, o processo entra agora na fase de liquidação e levantamento de bens, etapa que deve definir o pagamento dos credores e o encerramento definitivo das atividades do grupo, que foi um dos mais tradicionais do setor de panificação em Concórdia e região.
Protesto
Funcionários da empresa Bokitus realizaram um protesto no dia 17 de junho. Os trabalhadores se reuniram em frente à unidade da empresa e se estendeu até a BR-153, nas proximidades do principal acesso ao município. O protesto tem como foco a insatisfação com o atraso no pagamento dos salários.
Os colaboradores relatam que estavam há semanas sem receber seus vencimentos e que o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) não é depositado há cerca de um ano e meio. Outro ponto de preocupação relatado pelos manifestantes era a falta de transparência sobre a gestão da empresa.


